Economista, ex-superintedente de Planejamento e Finanças da Secretaria Estadual de Saúde de MG. Acadêmico da Academia Patrocinense de Letras. Colunista do portal Rede Hoje. eustaquioamaral@gazetaptc.com.br
Rádio. Quem não gosta dele, bom sujeito não é. Assim, diria antigo ditado popular. Na verdade, rádio é emoção. É rápido. E não exige exclusividade dos sentidos da visão e audição, nem dedicação. Só a audição é suficiente. A propósito, o rádio em Patrocínio é bom? Para os seus amantes, é bom. Porém, precisa melhorar um pouco em alguns aspectos. Pelo que se ouve, pelo que é publicado, há propostas de melhoria. Capital, Difusora e Módulo se esforçam.
GRUPO RAINHA DA PAZ – Com a criação da Capital FM 107,3 e da contratação de astros do microfone rangeliano, a emissora católica muda da água para o vinho. Luiz Antônio Costa, o Versátil, lidera a mudança. Na nova programação já são destaques o Padre Marcelo Rossi, às 8h, em conexão com a rádio Capital de São Paulo, o próprio Luiz Antônio às 9h comparece com o seu programa musical-jornalístico “Bom Dia Capital” e, às 10h entra, segundo se comenta, o líder regional em audiência, Padre Reginaldo Manzotti.
E MAIS... – Às 17h, esportes em rede com a rádio Super/BH. Com o Atlético, o Cruzeiro e o mundo do futebol. A Super pertence ao grupo do jornal “O Tempo”. Às 18 h, o esporte local, com equipe própria. E aos domingos, também com Luiz Antônio, o programa “Relicário 107 – As Melhores de Todos os Tempos”. Músicas e histórias curiosas de 1970 a 2000. De 9h às 12h.
DIFUSORA 95,3 – Os pilares da mais tradicional rádio patrocinense são a cobertura esportiva local e, a retransmissão de programas da Itatiaia, tais como o “Jornal da Itatiaia” e o futebol nacional, além da madrugada com ótimo entretenimento. Basta afirmar que a Itatiaia, disparadamente, é a maior de Minas e uma das cinco maiores emissoras do Brasil.
MÓDULO 96,1 – Sob o comando da jornalista Leid Carvalho e do repórter Jânio Lucco, o jornalismo é o ponto positivo. Já o esporte necessita avançar um pouco mais.
98,9 – Provavelmente, seja a mais musical das rádios do Município. Talvez, a possibilidade em ampliar um pouco a faixa etária na sua proposta musical, seja bom caminho para robustecer a sua audiência.
O QUE FALTA – Gosto é gosto. Seria exitoso se houvesse programação musical diferente. Visando atender todas as idades e a diversidade de preferências. Por exemplo, não há na região nenhuma emissora padrão Alvorada-FM (BH), 102,9 FM (BH) e Antena 1 (SP e rede). Essas emissoras são perfeitamente sintonizadas na internet, inclusive em aplicativos. No Alto Paranaíba, apenas a Jovem Pan de Patos e a Jovem Pan de Araxá fazem algo distinto. Mesmo porque, pertencem a uma rede nacional, todavia objetivam apenas ao público de até 30 anos de idade. Redução e qualificação dos comerciais também são desejáveis. Não podem dar a impressão de pequenos anúncios classificados.
ESPERANÇA – Pelo que é apresentado, ouvido, em 107,3 FM e internet (inclusive aplicativo do grupo Rainha da Paz), a rádio Capital começa a oferecer alternativa com qualidade. Ainda que seja parcialmente, na verdade o é, torna-se novidade. E gerações mais maduras agradecem.
A CONFERIR – A Capital FM promete. Luiz Antônio Costa tem apresentado opção. Músicas marcantes de todas as épocas. Verdadeiros sucessos. Os ouvintes de 30, 40, 50, 60 anos e até mais se sentem melhor. Comercialmente, é bom que se diga, que o maior poderio de compra, maior poder aquisitivo, está nessa faixa. E a notícia bombástica do rádio patrocinense, porque não dizer da rádio regional, parece, ocorrerá dentro de alguns dias. Carlinhos Bill nas tardes da Capital.
PALAVRA FINAL
GRANDE AMIGO – Sábado, dia 22/6/2019, este escriba amador esteve, por horas, com o decano do rádio patrocinense, em BH. José Maria Campos, o titular do “Comentário do Dia”, desde o falecimento de Assis Filho. E apresentador do “Arquivo Musical” aos domingos, pela Difusora. Um pouco dos últimos cinquenta anos na cidade rolou em agradável bate-papo. Para quem não sabe, José Maria entrevistou, o então vice-presidente da República, folclórico José Maria Alkmim. Isso nos anos 60. Na oportunidade, Alkmim estava entregando benefícios para Patrocínio, onde tinha sido, em alguns mandatos, majoritário como deputado.